RUBENS COUTINHO CONFIRMA ATIVIDADES DA EQUIPE "NOVEMBRO AZUL" NA FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO
Anfitrião vai informar oficialmente que exame será obrigatório e realizado no portão principal de acesso
Novembro Azul e de espocar a prega!
(Crônica
de Roberto Gutierrez) Desconfiado como se tivesse roubado cinco notas
na casa da moeda e estivesse na fila da revista para ir embora. Assim
era a situação do sujeito na sala de espera para fazer o toque na
próstata. De repente, aquela criatura enorme, cuja cintura mais parecia
um barril de vinho, o chama pelo nome. Com olhar quase moribundo, a
vítima se dirige a uma sala. Lá, outra inferneira que não era uma Úrsula
Andress, apesar da boca enorme, o faz colocar um avental cuja parte de
abrir ficava pro lado de trás. Desprotegido e sentindo um vento gelado
nos países baixos, o elemento é posto para deitar em uma maca em posição
de sereia – de ladinho como pescoço esticado pra trás. Depois de quase
intermináveis 15 minutos, abre-se a cortina e entra em cena o médico. A
mão do hipopótamo era algo descomunal. Imagine a palma de um
ex-basqueteiro obeso cujos dedos eram repletos de verrugas. Não bastasse
essa aberração, o infeliz sofria de Mal de Parkinson. Após calçar as
luvas, e passar o dedo anelar num balde de vaselina, eis que se inicia a
operação macabra. O dedo trêmulo acertava todos os lugares, mesmo no
ponto objetivo. Após algumas tentativas bionicão mega-ultra-super
emplastificado se encaixa. Do lado de fora do hospital se escuta um
grito seco igual ao que se escuta na pausa de um Mambo (Ú). No celular
da enfermeira tocava Paul Young – Every time you go… A vítima sentiu a
lágrima escorrer dos olhos e a merda daquele dedo, que não parava de
tremer, buscando a porcaria da próstata. De repente outra enfermeira
entra com a bandeja para assepsia e a porta fica semiaberta. De frente à
greta um senhor grisalho com bigode a lá Fred Mercury e um poodle de
pelagem rosa no colo. Eis que vítima e próxima vítima cruzam olhares.
Olhar, uma ova, o sujeito já estava ficando vesgo. O silêncio era
rompido pelo sacolejar do anular mesclado a vaselina. Eis que toca o
celular do médico a música de Zezé de Camargo e Luciano ♫Ai, ai, ai, ai,
ai, ai, ai, doeu demais♪. O sujeito não apareceu mais para buscar o
resultado, mas dizem que esse exame descobre até se o cabra era veado e
não sabia. Eita, maldito Novembro Azul!!!
Ah, tá curioso, é? Nem adianta pedir o endereço do médico.
(Colaborou: Santiago Roa)